- Caça ao tesouro Tido como o filão mais cobiçado por bancos e casas de investimentos, o private banking - que engloba investidores com, no mínimo, R$ 3 milhões em ativos financeiros - começou 2019 em ritmo acelerado. Ao fim de fevereiro acumulava mais de R$ 1,114 trilhão em recursos e variação de 14,5% em 12 meses. Apesar de mais de 70% desse montante ainda estarem concentrados nos cinco maiores bancos do país, cresce a fatia alocada em bancos estrangeiros e nas gestoras de fortunas independentes.Itaú, Bradesco, BTG, Santander e Banco do Brasil (BB) têm brigado para manter dentro de casa os milionários, que costumam distribuir seus investimentos entre duas ou três instituições financeiras diferentes.Mas XP, Credit Suisse, Citi, Safra, BNP Paribas e GPS avançam no jogo de rouba monte e na oferta de assessoria que vai muito além da administração das aplicações financeiras, abarcando também a gestão de patrimônio. Leia mais view more
- Gestores apostam em ativos ligados à economia real Com o cenário de juro baixo e sinais de recuperação econômica, gestoras de patrimônio e butiques de investimento começam a recomendar ativos ligados à economia real. São aplicações com maior potencial de retorno, liquidez menor e risco mais elevado. Entre as alternativas estão investimento em florestas, loteamentos, real estate, private equity, além de opções menos comuns, como investimento em royalties musicais. Os investidores estão mais dispostos a abrir mão de liquidez em troca de uma expectativa de retorno maior com ativos não ligados a mercados tradicionais, como renda fixa e ações, observa Dennis Kac, sócio e CIO Brasil da Brainvest,butique de investimentos criada em 2003 por ex-sócios da Hedging-Griffo, em Genebra, na Suíça. Com R$ 6 bilhões em ativos sob gestão, a casa ampliou nos últimos anos a indicação aos clientes de investimentos alternativos. Leia mais view more
- Brasileiros diversificam participação no exterior O investidor brasileiro passou por um processo de aprendizado nos últimos anos e percebeu que internacionalizar o patrimônio é um caminho irreversível. Diferentemente do passado, quando a diversificação do portfólio era usada como proteção ao risco Brasil, o momento atual estimula o investidor a fazer alocações no exterior por questões de retorno. Os mercados internacionais oferecem acesso a uma grade diversidade de classes de ativos, com mais liquidez, maior diversificação de gestores e oportunidades que não aparecem no mercado brasileiro.No segmento private, os volumes disponíveis combinam com produtos focados nos segmentos internacionais de private equity e imobiliário disponíveis para seletos grupos de investidores. Cesar Chicayban, responsável pelo private banking do Citi Brasil, defende um portfólio de ativos no exterior em investimentos alternativos que combinem hedge funds, private equity e real estate. De acordo com ele, o cliente brasileiro vem percebendo que é preciso tomar mais risco e aumentar o prazo de seus investimentos. Leia mais view more
- Baixo custo é diferencial para fundos de índice Embora ainda representem um mercado incipiente no Brasil, os fundos de índice, também conhecidos como ETFs (Exchange Traded Funds) têm se tornado uma tendência entre os investidores que apostam em ativos no exterior. Esses fundos investem em carteira de ativos que compõem um índice. Em vez de comprar separadamente papéis de empresas, o investidor detém, indiretamente, as ações que integram o índice. Entre as vantagens está o custo baixo e a facilidade de aquisição. "Os ETFs representam, muitas vezes, o primeiro contato de investidores com ativos no exterior, porque são mais simples e têm custo baixo. Mas é preciso cuidado com alguns ativos.A indústria de ETF lá fora ficou muito grande, e há situações que exigem atenção, como um ETF que é vendido em volatilidade nos Estados Unidos", afirma Evandro Buccini, economista-chefe da Rio Bravo. Leia mais view more
- Volume e concentração da riqueza crescem no mundo Um montante de US$ 70,2 trilhões em ativos nas mãos de 18,1 milhões de pessoas. A população de indivíduos de patrimônio elevado cresceu 9,5%, de acordo com a última edição do World Wealth Report, publicado pela consultoria Capgemni. Isso significa que 1,6 milhão de pessoas se juntaram à lista em 2017. As riquezas dos abastados, por sua vez, cresceram 10,6%. "Existem duas tendências: a concentração de valores continua em curso e cresceu o número de pessoas com patrimônio acima de US$ 1 milhão", explica David Cortada, vice-presidente de serviços financeiros da Capgemni Brasil. Foi o sexto ano consecutivo de altas, amparadas pela valorização de 21,8% na capitalização do mercado global e de 3% do PIB mundial no período, indicadores utilizados como referência no estudo. Ainda que representem a menor parcela dos indivíduos de alto patrimônio, os ultra-ricos (com mais de US$ 30 milhões em bens) detêm mais de um terço das riquezas do grupo. São US$ 24,5 trilhões concentrados em 174,8 mil pessoas. O segmento foi o que mais avançou entre 2016 e 2017 - 11,2%. O patrimônio deles também (12%). Leia mais view more
- Agentes acirram disputa por cliente de alta renda Quase desconhecidos até há pouco tempo, os agentes autônomos de investimento hoje disputam fortemente investidores do topo da pirâmide com as áreas de private dos bancos. A concorrência tornou-se possível graças à expansão das plataformas de investimento, que ganharam a confiança dos investidores."Uma das vantagens dos agentes autônomos é a possibilidade de oferecer produtos de várias instituições financeiras", diz Alfredo Sequeira Filho, sócio da DNAinvest, cujo foco são investidores com R$ 5 milhões para aplicar. A DNA distribui produtos por meio de quatro corretoras (Ágora, Órama, Guide e Uniletra) e fundos da Porto Seguro Investimentos.Embora as áreas de private dos bancos também trabalhem com arquitetura aberta, distribuindo títulos e fundos de várias instituições, Sequeira considera que os agentes têm mais independência e oferecem produtos realmente adequados a cada cliente, sem ter que dar preferência aos produtos da instituição para a qual trabalham. Leia mais view more